O boom de idosos no Brasil e a Osteoartrose
O envelhecimento populacional é um fato incontestável e vem ocorrendo, tanto em países desenvolvidos, como nos em desenvolvimento. Existem inúmeras maneiras de entendermos este fenômeno, o qual passa pela maior facilidade de acesso à saúde, melhora nas condições de saneamento básico, melhores condições de pesquisa, maior aprimoramento técnico dos profissionais de saúde e, melhora na efetividade dos novos medicamentos descobertos.
Dados do IBGE demonstram que a população idosa (acima de 60 anos) cresce em velocidade 3 vezes maior do que a população adulta, fazendo com que estimativas atuais, projetem o Brasil para o ano de 2025 ocupando o 6º lugar no ranking mundial entre os países mais populosos em idosos em todo o mundo. Para esta época, prevê-se, que 15% da população brasileira estará acima dos 60 anos.
Cabe a nós médicos, bem como a toda a população, estudar, respeitar e aprender a lidar com este crescente grupo populacional que necessita cada vez mais, de profissionais capacitados e aptos para a detecção precoce das doenças que atingirão o idoso com uma maior frequência.
Preocupa-nos, entretanto, a maneira com que isto deva ser feito pois, devido às falhas atuais da infra estrutura dos sistemas de saúde e, o não conhecimento técnico da população quanto à este problema, dificulta por vezes, um diagnóstico precoce e um tratamento preventivo que possa alterar a evolução natural das doenças.
O esclarecimento da população quanto as doenças degradativas como OSTEOARTROSE, a OSTEOPOROSE, bem como quanto às doenças MUSCULO ESQUELÉTICAS e os ERROS ALIMENTARES é uma grande meta a ser perseguida tendo se iniciado quando da Década do Osso e da Articulação.
A medicina preventiva deve, a cada dia, tornar-se mais importante pois, prevenção implica em proteção e como consequência, melhor qualidade de vida futura.
Uma vez diagnosticado os grupos populacionais suscetíveis, com certeza nós, médicos, poderemos agir orientando nossos pacientes quanto ao melhor caminho a ser tomado não só no tocante à quantidade de vida mas também quanto a qualidade de vida.
Este é, sem dúvidas, o compromisso de nós médicos engajados com a saúde da população.
Dr. Alberto Macedo Soares
(Esp. em Geriatria / Dr. em Medicina pela USP)
Professor Titular da Cadeira de Geriatria da FCMS.